domingo, 29 de agosto de 2010

Kafka no clube

Com incríveis quatro participantes, o Clube B. de Leitura marcou sua volta e dediciu por unanimidade o próximo livro: O processo, de Franz Kafka. 


Ainda firmes no propósito de ler os clássicos, O processo não só dá continuidade a este desafio como marca também o aniversário de um ano do clube. Entretanto, longe de ser um livro festivo, o romance do thecho Kafka nos traz toda a angústia de Josef K. que foi acusado e executado sem nem mesmo ter a culpa formada ou a identidade criminal verificada.


Onde encontrar:
Sebo Torre de Papel: R$ 5,00
Livraria Cultura: $ 22, 


O Processo também pode ser mais um candidato ao projeto Livros pra Ver. Nas mãos de Orson Welles, a obra de Kafka foi parar no cinema.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Clube de volta

O clube volta com novo nome, mas com a mesma proposta: reunir gente interessada em assuntos interessantes. É simples, a gente escolhe um livro, tenta ler em um mês e se encontra para falar sobre os assuntos que a obra aborda. Quem participa sabe o quanto rende e, como ninguém é intelectual o suficiente, sempre entra na pauta um pouco de cinema, arte, música. Geralmente nesta ordem.

Marcado para sábado, dia 28 de agosto, às 16 horas.

No café do Shopping Jardins, em Jardim da Penha.


domingo, 30 de maio de 2010

Próximo encontro | 26 de junho


Sugerido pela Thuani, uma das mais novas frequentadoras do clube, O lobo da estepe se enquadra na decisão que ainda permanece, de escolhermos livros clássicos. Depois de Oscar Wilde, Hermann Hesse, Nobel de literatura, vem para o nosso clube. Mesmo já fazendo parte do século XX, o romance de Hesse é considerado obrigatório. Nos anos 60, influenciou toda uma geração, se enquadrando muito bem no espírito da época. Em 1974, O lobo da Estepe também virou filme.

O próximo encontro do Clube ficou marcado para o dia 26 de junho, das 17 às 19 horas, na Bauhaus. Ah, traga seu vinho. As conversas têm ficado cada vez melhores.


Para comprar:


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Próximo encontro | 29 de maio

Ainda na onda dos clássicos, esse foi o escolhido para o próximo encontro, que está perto. Vai ser no último sábado do mês, dia 29 de maio, das 17 às 19 horas, na Bauhaus.

A escolha de O retrato de Dorian Gray mais uma vez segue o interesse do Clube de gostar de livros polêmico. Publicado pela primeira vez 1891, o jovem londrino provocou violentos debates.

No último livro, Madame Bovary conta a história de uma personagem forte e também da sua degradação. O mesmo acontece com Dorian Gray.

Para comprar o livro:

Então anote aí:
Encontro do Clube - 29 de maio, 17 às 19 h - na Bauhaus.


sábado, 20 de março de 2010

Madame Bovary no Clube

Se você tivesse que escolher entre os livros clássicos ou os contemporâneos, quais leria? Segundo o jornalista e escritor Roberto Pompeu de Toledo, uma de suas prioridades hoje é ler aquilo que o tempo já se encarregou de selecionar e manter em voga até hoje.

Pois assim decidimos. Após fazermos dois encontros dedicados a Bouvard e Pécuchet, de Gustave Flaubert, combinamos ler mais duas de suas obras: Madame Bovary e Educação Sentimental.

Portanto, a história de Emma e Charles Bovary vai ser o assunto do nosso próximo encontro. Para quem não conhece o romance, Flaubert, à época do lançamento, foi levado aos tribunais e acusado de ofender a moral e a religião. E como a gente sabe, tudo que é polêmico é sempre interessante.

Até o próximo encontro.

Dia 17 de abril, às 17 horas, na Bauhaus.

Obs.: a edição mais nova é da editora Nova Alexandria, com capa dura e tradução premiada.


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Primeiro encontro de 2010

Já tem dia marcado: 27 de fevereiro, das 17 às 19 horas, na Bauhaus.

Depois das férias, para alguns, ou dos dias com crianças em casa, parentes ocupando a sala, o calor torrando a paciência, praias cheias, e todas as peculiares características dessa época do ano, o Clube Bauhaus de Leitura está de volta. Mariana, uma das sócias, já manifestou sua saudade pelos encontros.

Eu, que comprei o livro há uma semana, esperto ler todo ele durante o carnaval. Pelo pouco que li, posso dizer que diversão não vai faltar (veja no post anterior informações sobre o livro).

Temos pessoas novas no Clube, uma amiga querida, a Débora, e sem falar nas pessoas que ainda não apareceram. Em nome de todos, então, dou as boas-vindas aos nossos encontros de 2010. Até o dia 27, na Bauhaus.

Elisa Quadros

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Férias com Flaubert

Sugerido pelo Djailson, que no primeiro encontro do Clube manifestou sua vontade de ler os clássicos, a obra-prima de Gustave Flaubert irá inaugurar o primeiro encontro de 2010. O último romance escrito por Flaubert é também o mais ousado. Adorei a dica pois até agora só tinha lido Madame Bovary. Ler Flaubert novamente vai ser muito bom.

A seguir, um trecho de Bouvard e Pécuchet:

"No entanto, as palavras de ambos corriam, inesgotáveis. Observações sucedendo-se a anedotas, apreciações filosóficas substituindo considerações pessoais. Denegriram os encarregados das obras públicas, o monopólio do tabaco, o comércio, o teatro, a marinha e todo o gênero humano, como se tivessem padecido grandes dissabores. Ao escutarem um ao outro, encontravam partes esquecidas de si próprios e, conquanto já tivessem deixado para trás a idade das emoções ingênuas, provavam um novo prazer, uma espécie de desabrochar, o encanto do início de uma afeição."

Onde comprar:

Submarino: R$ 48,
Cultura: R$ 40,80 com o cartão +Cultura
Saraiva: R$ 51,
Travessa: R$ 42,84

Feliz 2010 para você.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Próximo encontro - 5 de dezembro, 16 horas

Que paixões podem ser arrebatadoras, não há que se duvidar. Mas difícil é admitir isso quando você acha que tem o controle sobre todas as coisas. Em O animal agonizante, Philip Roth nos coloca diante desse e de outros sentimentos que, de vez em quando, nos tiram o chão. A idade, o ciúme, a dúvida, a dor, a perda. E o filme, que consegue ser fiel ao romance de Roth, é belo e sensível – mas sem deixar de ser perturbador.

O próximo encontro do Clube traz uma novidade, que chamamos de Livros pra Ver. Anote e não deixe de vir.

Dia 5 de dezembro, das 16 às 18 horas, veremos Fatal e em seguida conversaremos sobre os dois: livro e filme.

Onde comprar o livro:
Saraiva: R$ 32,00
Submarino: R$ 32,00

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Próximo encontro - 7 de novembro

Nelson Rodrigues achou que iria se dar bem com o sucesso de seu único romance, que em poucas semanas já tinha vendido mais que gumex. O ano era 66. Mas os militares não foram muito com a história ali contada e Castello Branco resolveu acabar com O Casamento. Tirou o livro das livrarias e jogou água fria nas expectativas do autor.

O Casamento conservou seus encantos e sobreviveu ao tempo. Continua indecoroso. Ainda é capaz de chocar. Provoca o tempo todo. Por isso, é o livro escolhido para o próximo encontro.

Onde encontrar o livro:

Saraiva - 41,90
Cultura - 41,90
Submarino - 39,90
Travessa - 33,10

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os livros da Bartyra



Escreveu a mão e, provavelmente, com pressa. Arrancou do bloco de anotações a folha amarelada e deixou junto com os livros novos que agora habitam a Sala de Leitura do Clube. Quem ama livros vai gostar do pedaço da música que ela escolheu.

Muito Barulho por nada, William Shakespeare
O Buraco da agulha,Ken Follet
A Comédia Humana-Ilusões Perdidas, André de Balzac
A Comédia Humana -Ascensão e Queda de César Birotteau, André de Balzac
Um Camaleão sobre o muro-poemas, Marco Berger
Suíte Verde Jaspe-Contos, Marco Berger
Um certo capitão Rodrigo, Érico Veríssimo
Ficções do Interlúdio, Fernando Pessoa
50 poemas escolhidos pelo autor, Manuel Bandeira

Os livros do Júlio


Na estante: policiais, poesias, contos e realismo fantástico. Difícil é escolher tão poucos. O Caso Saint-Fiacre, de Georges Simenon - escolhi ao acaso, de fato, gosto de toda obra de Simenon; O Harlem é Escuro, de Chester Himes - um policial noir de primeira, Mulher no Escuro, de Dashiel Hammett - conto policial intrigante. Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marques dispensa comentários, Fuja Logo e Demore Para Voltar, de Fred Vargas - policial contemporâneo francês, Uma Janela em Copacabana, de Luiz Alfredo Garcia-Rosa - um policial brasileiro.

Decameron, de Giovanni Boccaccio, obra que é, ao contrário do que a Globo tentou nos fazer crer, muito mais do que uma comédia do sexo. Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, de Rubem Fonseca - queria ter escrito um livro com esse título, A Metamorfose, de Kafka - às vezes me sinto o próprio Gregor Samsa, Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto - denúncia e sensibilidade em poesia bem medida e pesada. Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa - também escolhido fortuitamente, adoro toda obra de Fernando Pessoa.

Júlio Pompeu

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Segundo encontro - 3 de outubro

O primeiro encontro do Clube ganhou adjetivos como excelente, estimulante, uma delícia. Portanto, o próximo já está agendado para 3 de outubro, às 17 horas, na Bauhaus. Dessa vez com parada para lanchinho.

E o livro também está decidido, Amor Líquido, do filóso polonês Zygmunt Bauman, que trata sobre a efemeridade das relações nesses tempos modernos. Laços froxuos, muita liberdade, pouco compromisso. Alguém se identificou?

A gente se encontra então no dia 3. Ah, tem um exemplar do livro no Clube, cedido pela Carol Scolforo. Mas lembre-se, se você for pegar emprestado, tome cuidado e devolva em bom estado.

Boa leitura.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os livros do Marcello


Livros me lembram a Tia Penha Soe, lá da escola. Certo dia ela descobriu que eu me divertia muito mais na pequena biblioteca do São Judas, do que na quadra ou no pátio. Todo mês me presenteava com um dos livros da coleção Vaga Lume (ahhh...).Alguns bons anos se passaram, e assim como perdi contato com a Tia Penha, meu hábito de leitor acabou ficando um pouco esquecido. É. Aquela velha história da correria da vida moderna e blá, blá, blá. Tornei-me um fã dos e-books, pelo preço e pela comodidade, e das HQ’s pelo tempo. Participar do clube pode ser a chance de deixar a preguiça de lado, e dedicar mais momentos da minha vida fazendo orelhas nas páginas de algum bom livro, e se tudo correr bem, me fazendo praticar o desapego, afinal, desembolsar cento e poucos reais por uma edição especial de Moby Dick ou por uma coleção do Dostoievski, só amando muito a literatura.Se me permitem a metáfora, acho que livros são como grandes amigos. Pela vida você conhece vários, perde contato com alguns, mas os grandes, melhores, sempre estarão perto de você, mesmo sendo poucos. Assim é comigo. Adoraria ter uma grande biblioteca, mas acho que no fim seria apenas um Hopi Hari das traças. Compartilharei meu pequeno acervo (claro, torcendo que voltem algum dia. Bonitos, sem orelhas ou manchas de margarina).“O diário de um cucaracha”, de Henfil. Num cenário de repressão e censura militar, Henfil mostra seu humor mordaz e melancólico, no meio do imperialismo norte americano. Racismo, discriminação, perrengues de um cara que precisava ir ao hospital, sem falar uma palavra em inglês. E a não rendição ao deslumbre de uma suposta vida mais fácil. Moral interessante.O que dizer de um escritor que influenciou gente como Gandhi, Luther King e Leon Tolstoi? Henry Thoreau me foi apresentado por um grande amigo, vegan e ativista pela causa dos animais. “A Desobediência Civil” é seu livro de cabeceira, e sua justificativa ao direito de ser rebelde. “Quando o súdito nega obediência e quando o funcionário se recusa a aplicar as leis injustas ou simplesmente se demite, está consumada a Revolução”. E aí, vai encarar?De Oscar Wilde, o clássico “O retrato de Dorian Gray”, e “The importance of being earnest and other plays”. O primeiro, aquela história já conhecida sobre as coisas feias que fazemos e temos vergonha de encarar. Decadência moral e impossibilidades. O segundo, uma peça sobre a vida de aparências. Críticas atemporais.

Olha que legal. Tim Burton, sempre freak, resolve enveredar pelo universo infantil com um livrinho de contos fofos? Ounnnnnnn. Não exatamente. “O triste fim do Menino Ostra e outras histórias”, tem muito do lúgubre, tétrico e bizarro que permeia toda a sua obra. Personagens peculiares em universos desajustados de doçura e tragédia, buscando apenas compreensão e amor.

Antes de Dan Brown escarafunchar as cópias heliográficas e bolorentas dos pergaminhos antigos do Mar Morto pra escrever seu “Código”, mais gente já havia aparecido com idéias mirabolantes sobre coroas de espinho e pessoas tomando vinho reunidas numa mesa. “A ressurreição de Cristo” é a tentativa de OG Mandino de irritar o Cristianismo. Não foi tão bem sucedido como Brown, mas confesso que é uma leitura interessante.

Esqueça aquele mago com chapéu estampado com estrelas, óculos na ponta do nariz, de cara simpática e bonachão, em “Merlin, o filho do diabo” a parada é outra. O conselheiro do Rei Arthur é cria do capiroto, já nasceu falando e tocou o terror lá na antiga Bretanha. Ótica interessante e coerente da Maria Nazareth Alvim de Barros.

Como não poderia deixar de prestar essa homenagem, trago “A ilha perdida”, relíquia genuína da Maria José Dupré, lançada pela Coleção Vaga Lume. Primeiro livro que muita gente leu na vida. Babinha: dois moleques sem nada pra fazer resolvem deixar os pais de cabelo em pé (ou dar sossego pra eles, dependendo do ponto de vista). Descolam um barco e vão pra uma ilha. Lá, essa dupla muito louca vai aprontar altas confusões, no melhor estilo Sessão da Tarde de ser.

Por um sem número de razões, é de longe meu favorito: “O rei de Havana”, de Pedro Juan Gutierrez. O autor, que já foi de jornalista a cortador de cana, descortina desde “A trilogia suja de Havana” todas as suas impressões sobre a miséria humana e falta de perspectivas. Nojento, perturbador, escatológico, revoltante. Um primor.

Bem, deixarei ainda “A Divina Comédia”, do Alighieri, “Dom Quixote”, do Cervantes”, o top five de toda boa biblioteca “Cem anos de Solidão, do Gabriel Garcia Márquez, e “O evangelho segundo o filho”, de Norman Mailer. Caso se interessem, posso trazer também alguns exemplares daqueles livrinhos tipo “Júlia”, “Sabrina” e “Bianca”. Confesso que em um certo período de férias que nada mais tinha pra ler, eles salvaram minhas tardes chuvosas.

Boa leitura para todos.

Marcello Miranda